O aprendizado dos amores não correspondidos
Muitas de nós temem viver um amor não correspondido, não é mesmo, sugar baby? Mas a verdade é que isso pode acontecer com qualquer pessoa. Quem aí nunca se viu num relacionamento onde se doava demais e ficava na falta? Quem nunca teve um amor platônico? Ou então, quem nunca passou pela situação de não corresponder ao amor de alguém? “Relacionar-se é desafiante e é sempre uma incerteza, portanto não há como termos garantias de nada. No entanto, nossos medos podem ser nossos maiores aprendizados, basta estarmos abertas para isso. O que não pode acontecer é deixar que o medo de não ser correspondido faça com que se economize amor”, explica Camilla Couto, orientadora emocional.
Economizar amor é viver pela metade, é se relacionar de forma superficial. É uma estratégia de autodefesa que pode funcionar na aparência, mas que certamente não tem serventia quando se fala de sentimentos. Ninguém consegue evitar que o coração bata mais forte por alguém. Fugir do amor é impossível. Mas podemos, sim, nos fechar e deixar de viver experiências incríveis por temer que o outro não queira, ou que não se envolva tanto, ou que não esteja pronto.
Segundo a especialista, se permitirmos, amores não correspondidos podem ser ótimos professores: “quando não somos correspondidas no amor, descobrimos e testamos nossos limites: o quanto estamos dispostas a ceder para que uma relação aconteça, o quanto de nós se desfaz para agradar o outro, até que ponto devemos persistir. Questionamentos internos sobre quem realmente somos e o que é o amor verdadeiro costumam surgir, pois buscamos respostas concretas que justifiquem a não correspondência”.
Qual a maior questão do amor não correspondido?
“Poxa, me doei tanto, tenho tanto amor, estou tão disposta, como é que a pessoa pode não me querer?” pode ser a pergunta mais recorrente. Simplesmente não querendo. Tendemos a romantizar muito a questão do amor, e acabamos esquecendo que somos indivíduos, cada um com seu background, suas vivências, seus valores: a não correspondência nem sempre é uma rejeição. Nem sempre é uma negligência ao seu amor. Às vezes, é só uma diferença de timing ou de sentimento. Não coloca em xeque as suas qualidades e a sua capacidade de amar.
Sofrer por amor pode ser o maior martírio da vida, ou pode ser encarado como mais um percalço da existência. Se a sua felicidade depende desse amor ser correspondido, é preciso que haja um estudo profundo dos seus sentimentos e das suas carências. O autoconhecimento certamente pode te ajudar a lidar com a dor e a infelicidade dos amores não correspondidos com muito mais leveza. Quando você se conhece, tem consciência do próprio valor e da capacidade de buscar a própria felicidade, sem depender de terceiros.
Há muito amor por aí. Não se prenda a relacionamentos não correspondidos ou que não te façam bem. Uma relação saudável a dois é feita de equilíbrio. E a vida é curta demais para não sermos correspondidas no amor. Aprenda as devidas lições e siga em frente.