Carinho é fundamental (mesmo que de longe)
“Se não puder ser presencial, que seja virtual, que seja uma mensagem simbólica”. Essa é a recomendação da psicanalista Andrea Ladislau. Enquanto todos estão distantes, na tentativa de diminuir as contaminações por coronavírus em meio a uma pandemia, um pequeno gesto pode contribuir para a saúde física e mental. Na falta de contato físico, achar soluções para dar um abraço representa muito, para quem recebe e para quem transmite. Já pensou nisso sugar baby?
“Não se pode dar um abraço agora em todo mundo que a gente gosta, em quem a gente ama, por conta da pandemia. Mas levar o seu carinho, sua empatia, também é uma demonstração importante. Mesmo sem contato físico, um abraço virtual leva a essência do abraço, que é mostrar ao outro o quanto ele é valioso, que ele é uma pessoa que está no seu radar, por quem você tem afeto”, explica a psicóloga. E completa: “A gente pode até não perceber, mas muitas vezes é exatamente isso que o outro está precisando. De um gesto, um abraço”.
O poder do abraço pode ser explicado por fatores sociais e científicos. Segundo Andrea, as implicações do abraço estão refletidas na evolução humana, já que somos seres afetuosos e sociáveis. A partir do estímulo de substâncias em nosso corpo, podemos demonstrar comportamentos de empatia, generosidade, confiança, acolhimento e pertencimento.
“Quando a gente abraça, estimula a produção de um neurotransmissor do cérebro. Libera-se, então, a ocitocina, hormônio que influencia nas relações sociais e também na reprodução, conforme os estudos apontam”, diz a especialista.
As únicas contraindicações para os abraços estão ligadas às nossas restrições atuais por causa dos cuidados nos tempos de isolamento. No entanto, assim que for possível e seguro, vale a pena abraçar (e muito!) novamente. A falta do afeto pode levar a complicações de saúde. “Normalmente, a falta de contato dá respostas ligadas ao estresse, ansiedade e depressão, por exemplo”, alerta Andrea Ladislau.