Mãe solteira sofre preconceito em site de relacionamento
Recentemente, surgiu uma postagem com a história de Fernanda T, 27 anos e mãe de uma criança pequena, que decidiu reativar sua conta no Tinder – se você é ativo nas redes sociais, deve ter lido. Segundo Fernanda, a vida afetiva dos homens não alteram em nada depois que se tornam pais, separam e decidem encontrar uma nova companheira. Já as mulheres que são mães, precisam omitir a própria maternidade quando querem ter alguma chance de reaver sua vida amorosa.
Para provar que estava certa, Fernanda decidiu se descrever no Tinder como “mãe, professora, militante e feminista”.
Quanto ao resultado, ela declara: “Foi uma semana forte. Não fez bem pro meu ego. Mesmo.” O aplicativo só libera a conversa após haver um interesse recíproco entre os membros, e no caso dela, houveram 83. Das 10 piores coisas que leu, as que mais a deixaram perplexas foram os homens acharem um absurdo uma mãe procurando relacionamento em um aplicativo de namoro, que se é mãe, não podia ser namorada, se tem filho e não casou, significa que não vale muito e que ninguém leva a sério mulher com filho. Leu também, que feminista é “raça ruim, que não se depila”.
Não é somente quando a mulher quer se relacionar que ela omite que é mãe. No mercado de trabalho é a mesma coisa. O preconceito se mostra ativo assim que uma mulher chega a uma entrevista de emprego e conta que é mãe de uma criança pequena, sobretudo se for solteira. Para os empregadores, cuidar de uma criança é um dever da mãe, ainda que o pai seja presente na vida do filho. Infelizmente, ainda há muita gente machista, que vê uma mulher separada por perto como ameaça ao próprio relacionamento. Comentários preconceituosos vindo da família também são comuns, pelo mesmo motivo.
Logo que o texto de Fernanda viralizou, o Facebook o derrubou, provavelmente pela quantidade de denúncias promovidas por haters. Nos comentários, diversas mulheres listaram os preconceitos que enfrentam como mães solteiras, separadas ou divorciadas. Uma, inclusive, contou que é excluída por outras mães que são casadas, principalmente na escola do filho. As mulheres solteiras podem e devem estar em sites de relacionamento, e em alguns deles, elas não sofrem nenhum tipo de preconceito. É o caso do site Meu Patrocínio, que tem a proposta de unir homens maduros, generosos e bem sucedidos com mulheres atraentes e ambiciosas, onde ambos não são julgados.