Empatia

Empatia: a habilidade de se colocar no lugar do outro

Empatia é uma palavra em alta, sugar baby. O tema tem sido amplamente estudado por especialistas do mundo todo. Felizmente, assim como muitas outras habilidades, ela pode – e deve – ser desenvolvida.
A definição mais comum para o termo é “colocar-se nos sapatos” do outro. A ideia foi levada tão à sério que criaram o Museu da Empatia, uma exposição itinerante que inclusive já esteve no Brasil. Nela, um container imita uma caixa de sapatos. Dentro, centenas de pares de todos os tamanhos e modelos podem ser encontrados. Quem visita esse museu é convidado a escolher um par de sapatos qualquer para calçar. Junto, recebe um fone de ouvido. Enquanto caminha nos sapatos de um desconhecido, ouve um relato sobre a história do dono deles. Fatos emocionantes não faltam nessa experiência.
Quantas vezes nós anulamos ou desprezamos o outro tomando decisões apenas sob o nosso ponto de vista? Quantas decisões radicais são tomadas apenas pelo fato de não sermos capazes de parar por alguns minutos e exercitar a empatia? Como o mundo seria diferente se fossemos mais empáticos…
Marília Cardoso, consultora de inovação e gestão, conta que ouviu uma história quando criança que marcou muito. “Certa vez, um homem que acompanhava a agonia de uma larva no processo de metamorfose para se transformar em uma borboleta, resolveu interferir. Com uma tesoura, cortou as partes que a prendiam, imaginando estar sendo muito útil e bondoso. O resultado é possível imaginar. Como não viveu o processo de metamorfose, ela se tornou uma borboleta incapaz de voar”.
Já parou para pensar quantas “borboletas” impedimos de voar pelo simples fato de acharmos que sabemos o que é melhor para elas? Infelizmente, nossas suposições e “achismos” fazem com que tomemos decisões equivocadas. Por isso, antes de “achar” qualquer coisa, precisamos desenvolver o hábito de perguntar, observar e se colocar sob a perspectiva do outro.
Uma escola de Santa Catarina criou a “Feira da Empatia”, cujo objetivo era permitir aos alunos vivenciarem situações a partir do olhar de um idoso, um deficiente ou mesmo um refugiado. Criativos, os professores propuseram exercícios como subir escadas usando pesos nos tornozelos para proporcionar a experiência física de um idoso. Para se sentir na pele de um refugiado, os alunos sentavam em colchões infláveis usando óculos de realidade virtual que simulavam uma fuga em alto mar.
Vivências como essas nos possibilitam desenvolver a empatia até um ponto em que ela se torne algo natural e intrinsecamente humano. Em mundo líquido, onde as coisas e relações são tão efêmeras que não há tempo suficiente para se solidificar, se colocar no lugar do outro é mais uma necessidade, é uma condição para uma convivência harmoniosa e de respeito mútuo.

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